Divulgação das actividades realizadas na Câmara Municipal de Beja - Divisão dos Serviços Urbanos

Divulgação das actividades realizadas no Serviço de Saúde Pública do Centro de Saúde de Moura (Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo, EPE)

sábado, 28 de maio de 2011

Oitava Semana

Olá J
A semana iniciou-se com a participação numa apresentação sobre a alimentação saudável. Habitualmente todos pensamos que sabemos tudo acerca deste tema, apesar de na maioria dos casos, a alimentação saudável não seja um hábito. Mas após assistir a esta apresentação, cheguei à conclusão que afinal ainda existem assuntos que desconheço, bem como algumas dicas que nos podem ser úteis no dia-a-dia, como por exemplo, fazer o nosso caldo Knorr em casa. Para isso, basta aproveitar a água onde cozemos os alimentos, colocá-la no recipiente onde se faz o gelo, segui-la para o congelador e depois é só colocar na comida. São truques, que para além de saudáveis, nos ajudam a poupar dinheiro, que nesta altura tanta falta nos faz.
Realizou-se a continuação da vistoria técnica da piscina, onde não conseguimos obter todas as explicações que queríamos para completar o preenchimento da ficha Avaliação das condições de instalação e funcionamento de piscinas”, presente na Circular Normativa da Direcção Geral da Saúde sobre o Programa de Vigilância Sanitária de Piscinas, e novamente agendou-se uma data para concluir a vistoria na presença do responsável pelas indicações em falta.
Foi efectuada uma vistoria para verificação das condições de acessibilidade num Posto de saúde, de acordo com a legislação:
Ø  Decreto-Lei nº 163/2006, de 8 de Agosto: Definições das condições de acessibilidade a satisfazer no projecto e na construção de espaços públicos e habitacionais.
Neste local houve apenas dois aspectos a apontar, a carência de rampa para acesso e a altura do balcão que é maior que o recomendado, não possibilitando o seu uso por pessoas com mobilidade condicionada, tendo como solução o seu atendimento na porta que se encontra logo ao lado.

Para verificação das condições Higio-sanitárias, realizou-se uma vistoria a um Estabelecimento de Bebidas com Fabrico de Pastelaria regida pela legislação:
Ø  Decreto Regulamentar nº 20/2008, de 17 de Novembro: Estabelece os requisitos específicos relativos às instalações, funcionamento e regime de classificação de estabelecimentos de restauração ou de bebidas;
Ø  Anexo II do Regulamento (CE) nº 852/2004 do Parlamento Europeu e Do Conselho, de 29 de Abril: Requisitos Gerais de Higiene aplicáveis a todos os operadores das empresas do sector alimentar;
Ø  Portaria nº 53/71, de 3 de Fevereiro: Tem por objectivo a prevenção técnica dos riscos profissionais e a higiene nos estabelecimentos industriais.
Neste estabelecimento existem alguns aspectos que carecem de modificação. São utilizados tapetes de panos no corredor que dá acesso ao armazém e à copa, quando deveriam ser utilizados tapetes laváveis; a zona de armazenagem de produtos alimentares encontrava-se bastante desorganizada, e com a existência de produtos não alimentares; no frigorífico existiam caixas de cartão, sendo que este tipo de material é susceptível de atrair pragas; na zona de fabrico o circuito não é efectuado de forma adequada visto que os cremes são confeccionados perto do local onde irão ser armazenados, mas para serem colocados nos respectivos bolos estes terão que recuar no processo e o recipiente para os resíduos não possui pedal; o corredor encontra-se obstruído por um armário de madeira e uma mesa onde estão armazenados os papéis e também um detergente; na zona de apoio um recipiente para os resíduos possui pedal mas não possui tampa e outro possui tampa, mas não possui pedal, o fiambre e queijo encontravam-se fora do frigorífico, nesta divisão são utilizados panos da loiça em vez de toalhetes, para facilitar a higienização, uma vez que os panos são mais difíceis de manter higienizados, e o circuito é realizado ao contrário do que estará previsto, pois a loiça suja entra pela zona limpa e a loiça limpa sai pela zona suja; o vasilhame que também é utilizado como escritório, para além de possuir pouco espaço, está mal organizado e por último, referente à zona do público, recomendou-se a desobstrução do extintor.
Tendo em conta a realização futura de sessões acerca dos perigos existentes nas habitações que podem provocar acidentes domésticos, com o objectivo de apresentar algumas recomendações baratas e bastante acessíveis, visitaram-se duas casas, uma pertencente a uma idosa, com algumas dificuldades de mobilidade, e outra onde habita um casal idoso.

Na primeira habitação verifiquei a ausência de tapetes ou carpetes, e quando questionada acerca do assunto a senhora respondeu que não usava para não escorregar, o que demonstra algum conhecimento sobre o assunto, mas o chão era bastante escorregadio e possuía alguns buracos; a garrafa do gás encontrava-se na cozinha junto ao fogão, mas no geral a habitação não possuía muitos perigos, sendo que a divisão que se encontrava em pior estado era o quintal.
Na segunda habitação encontrei o contrário, estava muito desarrumada, as zonas de passagem estavam obstruídas, possui muitas escadas, a casa de banho encontrava-se cheia de baldes e garrafões, o acesso para o quintal é feito por escadas que para piorar tinham uma alcatifa colocada. Esta habitação é o exemplo de uma habitação com muitos dos perigos susceptíveis de provocar acidentes domésticos, apesar de o senhor referir que não encontra qualquer tipo de problema em ter a sua habitação assim.

É extremamente importante termos contacto com a população e verificarmos este tipo de situações no terreno, para também termos a percepção que as pessoas têm sobre as suas habitações.
 Hoje em dia são muitos os casos de idosos a morarem sozinhos e é extremamente importante que as suas habitações estejam livres de perigos. Com o avançar dos anos, vamos perdendo algumas das nossas capacidades, a mobilidade é afectada, a visão também já não é como nos anos atrás, os reflexos diminuem e tudo isto contribui consideravelmente para a possibilidade da ocorrência de acidentes domésticos, e para os evitar é necessário ter conhecimento dos perigos que a nossa habitação pode esconder. O facto de termos móveis em bico e sem protecção, no caso de lhes batermos, magoamo-nos; os tapetes e carpetes que não se encontrem colados ao chão, podem provocar escorregadelas ou podemos encalhar neles e cair; quando é necessário ir à casa de banho a meio da noite é extremamente importante possuir iluminação adequada; se os móveis se encontrarem muito próximos uns dos outros, vai dificultar a passagem e podem mesmo provocar quedas; no caso de existirem escadas é muito importante possuírem faixas antiderrapantes e corrimão e a arrumação dos objectos, principalmente no quarto e na cozinha deve ser considerada, pois os objectos que mais se utilizam devem estar guardados à altura dos nosso ombros, para evitar baixar-se ou esticar-se, ou até mesmo subir para cima de algum banco ou cadeira para lhes conseguir chegar, evitando assim alguma lesão ao esticar-se ou baixar-se, a ocorrência de tonturas ao baixar e seguidamente levantar a cabeça, e a probabilidade de ocorrer uma queda ao subir para algum banco ou cadeira. É muito importante termos a consciência que os idosos necessitam da nossa ajuda para lhes dar conhecimento destes assuntos, que alguns aparentam já conhecer, mas muitos não têm noção dos perigos existentes nas suas habitações. Também nós devemos observar e conhecer as habitações dos nossos avós, tios, primos, que já vivem sozinhos e possuem uma idade já avançada e auxiliarmo-los para que no futuro não ocorram acidentes que a priori poderiam ser evitados. 

Para curiosidade, existe um site, o Portal do Avô, referente a um projecto que pretende “contribuir para que o dia-a-dia de toda a família seja facilitado e enriquecido pois sentimos, no contacto com os demais, um vazio no âmbito da informação existente para a população sénior e para todos que com ela lidam, quer em contexto familiar, quer em contexto profissional”.
Continuação de um óptimo fim-de-semana J

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